Taxonomia Cultural – Uma Categorização do Invisível que Move as Pessoas

 

Você sabe o que a biologia, a cultura e a sociedade têm em comum? Essas dimensões operam em sistemas de teias de interdependência e hierarquias. Ok, isso não parece nada original e já vi coisas assim no Discovery Channel. Mas, o que você não viu, é que uma metodologia de pesquisa que cruza essas diferentes dimensões permite você entenda como como surgem, se estruturam, se ramificam e se formam os novos padrões culturais que orientam tendências sociais, valores e comportamentos de consumo e de organizações.
O sociólogo Norbert Elias desenvolveu o conceito de categorias sociais que permite clusterizar indivíduos e mapear as linhas evolutivas desses clusters por meio da análise de mudanças em teias de interdependência. Já Gregory Bateson, cruzou biologia, antropologia, psiquiatria e cibernética numa proposição sistêmica de uma “ecologia da mente”, onde padrões são produzidos pelas relações entre seres vivos (viu a relação com as teias de interdependência de Elias?) e a energia colateral gerada pela DIFERENÇA cria processos sistêmicos que “moldam” a mente e definem processos entre seres num ambiente.
Certo, agora você achou que tudo isso é muito “sopa de letrinha” e que isso vai virar aula de pós-graduação. Só que não!
O cruzamento dessas duas teorias permite o mapeamento sistêmico de novas tendências culturais e comportamentais, além de decodificar clusters (no varejo e organizações) que influenciam como as pessoas pensam, percebem, se relacionam, se relacionam, produzem, e… consomem! Também como se relacionam e criam clusters culturais, processos e sistemas dentro de organizações.
Uma taxonomia cultural é uma forma demapear antropologicamente sistemas culturais complexos e categorizar esses sistemas. Imagine que uma organização é um sistema e uma taxonomia cultural empregada ali pode mapear como esse sistema opera indicando fluxos, processos e redes de interdependências que são geradas organicamente pelas pessoas, mas que não aparecem nas pesquisas de clima organizacional ou diagnósticos organizacionais convencionais.
Agora, o que mais interessa nessa abordagem, é que a DIFERENÇA cria a energia para a produção desses processos sistêmicos. Então quer dizer que para gerar energia (o que move) a diferença é a base? Bingo! É isso mesmo! E o que é diferença, senão diversidade? De pessoas, de etnias, de gênero, de formas de ser e pensar, de skills, de desenvolvimento de processos, de posicionamentos, entre tantas outras dimensões? E o que isso tem a ver com inovação? Tudo!
E como isso pode ajudar uma empresa a inovar? Simples – unindo o que a antropologia e a biologia fazem – uma taxonomia cultural que mapeia diferenças e suas características e como elas operam organicamente para viabilizar processos num sistema.
Inovar nada mais é do que a natureza e a cultura fazem rumo a processos de transformação.
Transformação cultural? Digital? Inovação? Mapeamento de Futuros?
É. 😉

valeria

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